Parceiros

quarta-feira, 29 de março de 2017

Aldina Duarte - Casa-Mãe/Cidade



Hora a hora dia a dia
P'las ruas encantada
Andei a ver se entendia
A cidade tão cansada
Casas tristes desoladas
Juntas soltam um queixume
Sobrevivem em fachadas
De abandono e de ciúme
Nas varandas enlaçadas
Pelas heras da saudade
Oiço rir às gargalhadas
Entre gritos de outra idade
Na calçada envelhecida
Faltam pedras pelo chão
Os canteiros são a vida
Dos becos na escuridão
Quer de noite quer de dia
Meu mistério decifrava
E se acaso me perdia
Mais de mim eu encontrava
Mesmo em frente à casa-mãe
Encontrei-me na distância
Ai de quem por si não tem
Na memória qualquer esperança


Hour by hour day by day
Enchanted streets
I went to see if I understood
The city so tired
Sad homes desolate
Together they release a complaint
Survive on facades
Of abandonment and jealousy
In the connected balconies
The ivy of nostalgia
I hear laughter.
Between screams of another age
On the aged sidewalk
Stones are missing on the floor
The beds are the life
From the alleys in the dark
Do you want at night or during the day?
My mystery deciphered
And if I ever got lost
More of me found
Right in front of the mother house
I found myself in the distance
Woe to those who do not have
In memory any hope

Sem comentários:

Enviar um comentário

Parceiros